Teatro de Petra
O Teatro de Petra surge no extremo oriente da área urbana, no ponto em que o desfiladeiro de Wadi Musa começa a se abrir para o vale. O edifício com uma capacidade para 6 a 8 mil espectadores, em parte foi escavado na vertente oriental rochosa de Zibb’Attuf e em parte foi construído. A arquibancada foi talhada inteiramente no rochedo, formando 45 fileiras de assentos, distribuídas em três setores horizontais por corredores anelares e divididos em seis secções verticais por escadas, que permitem o acesso dos espectadores.
O diâmetro do espaço semicircular que separa a capacidade do palco é de 25 metros e também foi feito a partir do corte da rocha natural. Pode-se subir aos dois lados, por meio dos corredores abobadados, que antes estavam rebocados e pintados. A frente do púlpito que mede 38 metros está decorada com uma sequência de nichos retangulares e semicirculares que foram fechados e rebocados, após a última utilização do teatro. Contudo obras recentes de restauração devolveram o aspecto original. No muro do palco, que mede cerca de 54 metros de altura e está conservado, apenas em sua parte inferior, é possível ver três portas encaixilhadas, em um dos grandes nichos flanqueados por edículas: a porta central se abre para o fundo de uma grande exedra semicircular, enquanto que as portas laterais ocupam os nichos retangulares de dimensões menores. Em sua forma primitiva, as portas estavam flanqueadas por anteparos colunados. Originalmente, o palco estava recoberto de mármores e afrescos e as edículas da fachada continham estátuas.
A estrutura do teatro é de um tipo romano e obedece perfeitamente as normas estabelecidas, ao final do Século I a.C., pelo arquiteto Vitruvio, para a construção dos edifícios destinados a espetáculos. O que é mais surpreendente é que o teatro foi construído, na primeira metade do Século I a.C., em uma época em que o reino nabateo, ainda não havia caído sob o domínio romano. No último ano da Independência Nabatea, o governo iluminado do rei Aretas IV (9 a.C. – 40 d.C), que viabilizou a construção do Teatro, permitiu a Petra, virar centro mercantil com vocação cosmopolita, perceber e assimilar o melhor que podia oferecer ao Oriente Helenístico e ao Ocidente Romano em termos de modelos artísticos e culturais. O teatro foi submetido a várias obras de restauração.